Kimi Brasil

Luis Fernando Ramos, correspondente do Tazio em Valência, faz uma análise sobre o circuito de rua que recebe o GP da Europa, 11ª etapa da temporada. Confira:

Circuito
É um circuito de rua, mas com características de uma pista permanente: largo, com poucas ondulações, generosas áreas de escape, retas longas e algumas freadas bruscas. Estas peculiaridades únicas tornam a busca pelo acerto ideal um grande desafio para os engenheiros. A pista se situa numa bela marina com instalações amplas, tudo muito diferente das outras pistas da temporada.

Aerodinâmica
Com longas retas, o importante é ter uma boa velocidade final. Assim, a ordem é correr com a menor pressão aerodinâmica possível. Por outro lado, a baixa aderência do asfalto torna as freadas mais difíceis, e um pouco de asa é uma ajuda sempre bem-vinda nessas horas.

Freios
A cada volta, são três freadas que exigem muito do freio, nas curvas 2, 12 e 17. Com a expectativa também de uma temperatura ambiente em torno de 30°C, a refrigeração dos dutos dos freios será fundamental e as equipes estão usando os maiores sistemas que têm à disposição.

Pneus
Os compostos designados para esta corrida são os "macios" e "extra-macios", como em Mônaco ou na Hungria. A aderência da pista é pequena e o desgaste sofrido pela borracha tende a ser baixo, mesmo com o calor típico da região.

Motores
Com um traçado que une longas retas e curvas lentas, um bom torque para a saída das curvas é a principal característica exigida dos motores. Mas há longos períodos de aceleração plena em cada volta, por isso os engenheiros terão de monitorar o desgaste das unidades até o final da corrida com muito cuidado.

Estratégia
A estratégia básica é de duas paradas, com a primeira acontecendo entre as voltas 14 e 18 e a segunda, entre as voltas 33 e 38. Mas o asfalto escorregadio e alguns muros próximos à pista podem gerar alguns períodos de safety car. Neste caso, uma estratégia de uma parada para quem larga muito atrás pode render um bom resultado, colocando-a em torno da volta 30. Optar por três paradas numa pista de difícil ultrapassagem é quase um suicídio esportivo.