Confira uma análise técnica de Spa-Francorchamps Circuito belga é o mais longo da temporada e é caracterizado por topografia

O circuito de Spa-Francorchamps data de uma época em que as pistas de corridas tinham suas características determinadas pela topografia do lugar. Nada de um papel em branco e um projeto novo, mas sim um traçado sinuoso em meio a vales e montanhas. Com muitas curvas de alta velocidade e mudanças de elevação, a pista oferece um dos testes mais completos para um carro de F-1.

AERODINÂMICA
Encontrar o acerto aerodinâmico ideal é um trabalho delicado. Por um lado, o grande número de curvas de alta velocidade exigiria uma pressão aerodinâmica relativamente alta, para o carro ter uma boa aderência nelas. Mas isso mataria as chances de ultrapassagem ao final das longas retas do circuito. Quem encontrar um bom compromisso tem vantagem.

SUSPENSÃO
Basicamente, o acerto requer uma suspensão mais dura para garantir uma rápida mudança de direção em curvas como a Les Combes e Fagnes. Mas não se pode exagerar, ou se perde muito tempo para tracionar na saída do grampo da La Source, onde começa a maior reta da pista.

PNEUS
Spa-Francorchamps possui um dos asfaltos mais abrasivos da temporada, ao lado da pista espanhola de Barcelona. Os compostos utilizados aqui em Spa são o médio e o duro, e a busca será por um acerto que garanta boa aderência, especialmente para o segundo tipo de pneu, o que não é muito fácil.

FREIOS
Possivelmente o único aspecto do carro que é pouco exigido em Spa. Apenas as curvas 1 (La Source), 5 (Les Combes) e 18 (Bus Stop) abusam dos freios. E há tempo de sobra para eles resfriarem durante uma volta no circuito mais longo da temporada.

MOTORES
As unidades vão ser muito exigidas nesta corrida. Durante 72% da volta, a aceleração é total (apenas em Monza, com 76%, este número é maior). E em dois trechos, esta ação se prolonga por mais de 20 segundos. Uma lubrificação eficiente é fundamental para agüentar o stress a que os motores são submetidos.

ESTRATÉGIA
Numa pista em que o volume de combustível interfere muito no tempo de volta, a estratégia de duas paradas é quase uma obrigação, em especial para quem larga na frente. A primeira parada deve ficar entre as voltas 15 e 18, com a segunda ocorrendo entre as passagens 31 e 34. Quem sai atrás pode parar apenas uma vez, entre as voltas 20 e 24.

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