Kimi Brasil

A Ferrari tem o segundo e o terceiro do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, e lidera o Mundial de Construtores, mas está longe de ter paz. Muito pelo contrário. Os dois últimos GPs só trataram de aumentar a preocupação na equipe italiana com o estouro dos motores de Felipe Massa, no GP da Hungria, e de Kimi Räikkönen, no GP de Valência.
Exames iniciais confirmaram que um problema na biela provocou a quebra do motor do piloto finlandês, mesma causa da saída do brasileiro na prova anterior. Com isso, a equipe já teve quatro abandonos provocados por falha no seu propulsor, já que Räikkönen e Massa deixaram o GP da Austrália, o primeiro da temporada, pela mesma razão.

Com quatro quebras, o time tem o maior número de saídas precoces por problemas no motor desde 1995, ano anterior à chegada do alemão Michael Schumacher, que trouxe consigo Jean Todd, Ross Brawn e uma equipe técnica que mudou a cara da escuderia. Há 13 anos, a Ferrari teve quatro abandonos por defeitos no propulsor. Jean Alesi deixou os GPs da Espanha, Alemanha e Hungria, enquanto Gerhard Berger enfrentou o problema no GP da Austrália.

Após a chegada de Schumacher, a Ferrari viu raros abandonos por conta do motor. O alemão, inclusive, só deixou quatro provas por conta deste problema em 11 anos na equipe italiana: GP da França-1996 e 2000, GP da Austrália-1998 e GP do Japão-2006.

O brasileiro Rubens Barrichello teve três abandonos pelo motor (GP do Brasil-2000, GP dos EUA-2001 e GP da Malásia-2002), o irlandês Eddie Irvine deixou duas provas (GP de Luxemburgo-1997 e GP de San Marino-1999), enquanto a dupla Räikkönen e Massa não enfrentou problemas deste porte no ano passado.

Além dos estudos para evitar que o problema se repita, a Ferrari levará seus pilotos à pista nesta semana com os testes coletivos no circuito de Monza. Massa deve treinar na quarta-feira e quinta-feira em uma etapa importante da escuderia italiana para tentar acabar de vez com o problema de confiabilidade de seu motor.